Foi com grande tristeza que recebi a
notícia do falecimento do Cristiano Oliveira, ocorrido no passado dia 27 de
Junho em Lisboa, ao fim de uns longos meses de luta pelo seu bem-estar, que apesar
da sua grande coragem e força de ânimo não logrou vencer.
Ingressou no curso “Hermenegildo Capelo”
em 1964 conjuntamente com mais 24 cadetes que vinham do curso “Corte Real”.
O “LARECO”, como carinhosamente sempre
foi tratado pelos seus camaradas de curso, iniciou a sua carreira naval nos Draga-Minas,
que cedo interrompeu para a especialização em Fuzileiro Especial, tendo sido
mobilizado para Moçambique como imediato de um Destacamento FZE. Por motivo de
doença teve de ser evacuado e terminar a sua comissão de serviço mais cedo.
Voltou aos Draga-Minas para comandar o
NRP “Vila do Porto” e foi Diretor do Centro de Instrução de Minas e
Contramedidas por mais de cinco anos.
Após concluir o Curso Geral Naval de
Guerra em 1981, passou à Reserva e em 1982 à Reforma extraordinária. Foi
graduado no posto de CMG em 1997.
Ao longo da sua curta carreira naval
mostrou ser um profissional de elevada competência e de grande dedicação à
Marinha, conforme atestam os nove louvores que lhe foram concedidos e as
condecorações com que foi agraciado, entre elas a Cruz de Guerra e o Distintivo
Especial da Ordem Militar da Torre e Espada.
O Luís Oliveira, como era conhecido no
meio civil, desde sempre manifestou grande interesse pela fotografia e pela
arquitetura, disciplina esta em que se licenciou mais tarde e que exerceu em
regime liberal.
Quanto à fotografia desenvolveu a sua
atividade como free lancer e em 2006
especializou-se na área digital. As suas fotografias foram publicadas em
revistas nacionais e estrangeiras da especialidade e obteve diversos prémios.
Participou como coautor em dois livros
e, como ele dizia com orgulho, publicou o seu “primeiro livro de fotografia a
solo” em 2011, intitulado MARVÃO-Uma Visão Fotográfica.
O Curso Hermenegildo Capelo ficou mais
pobre com a perda de mais um dos seus bons Homens. Até sempre querido amigo!
Expresso o meu profundo desgosto à sua
mulher Lúcia de Fátima e aos seus filhos Ana Lúcia, Luís Alberto e Ricardo
Luís, que se podem orgulhar do ente querido que perderam.
CVC
Capa do "Tridente" de janeiro de 1968 da autoria do C. Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário