Do Palácio da Foz para a Praça da
Alegria, o mesmo espírito, igual conceito, a euforia do presente é catarse do
passado recente, a euforia do presente dá voz à burguesia em ascensão, é Folies
Bergere, é o cabaré que, dos Restauradores à Praça da Alegria, enche e
preenche corações, dá conteúdo aos segredos dos amores impossíveis. Foi em 30
de Novembro de 1949 que o Maxime abriu!!!
Testemunhas ou meros opinadores,
pertencemos a uma geração que, em paralelo, cresceu com as novidades ali
geradas, ou mesmo, em data certa, frequentou. Agora, integrado em hotel, dá
nota decorativa e nome aos quartos que, a preços inacessíveis, são vendidos a
quem mais pode. VIVA E PARABÉNS AO MAXIME.
Santos e pecadores, todos nós um
dia fomos, agora dar a capa ao mendigo, nem que seja por metade, a quem mais
precisa, é raro, é de santo. O Martinho, reza a história, da capa fez agasalho,
da capa deu exemplo de eco duvidoso, pois dar a quem mais precisa pouco sai dos
livros! O vinho novo, que até então repousa, vira água-pé ou jeropiga, acre ou
doce, para então, alimentar a folia de que o Martinho é pretexto. Quente e boa,
pregoeiro ao fumeiro envolvido, eis a castanha que, libertada do ouriço que a
protege, ao calor estala, nas páginas amarelas se abriga por...3€/dúzia!
Já o Outono gerou a "hora de
Inverno", e os corações bombam para que o frio não atormente, e eis que,
os vultos do passado, entre mármore, madeira e vitral, assomam o passado para
que à memória reste. Estamos no CMN, estamos na tertúlia que nos une!
Duas Tertúlias restam para que,
ano fechado, balanço feito, as comemorações, mês passado sentidas com emoção,
aos anais da história figurem e, vendo bem, talvez mereçam, basta ao livro de
apontamentos recorrer.
Peixe ou carne, branco ou tinto,
doce ou fruta, curto ou longo, muitas são as questões algumas as escolhas, aos
amigos, esses, não se escolhem respeitam-se, pois esses, quando verdadeiros são
raros e fiéis! A mesa prima pelas presenças mas também pelas ausências, e
essas, não pagando imposto não deixam rasto, deixam saudades...e por fim, com
ou sem número de contribuinte, número que conta e que dá ao tesouro o sentido
do dever!
Dez, talvez o acaso, talvez a
estima tão a preceito dos marinheiros, à casa real brindaram tão a preceito
que, entre cuidados redobrados, o branco do Douro que circulava, ao chão foi
parar! Enfim, para tarde estava guardado o momento alto, a chegada,
preanunciada, do príncipe de Portalegre, por D'Orey batizado! BEM-HAJA AMIGO e,
passe comprado, expresso raiano em voga, que passes por muitas Tertúlias.
Feijoada de choco, pitéu ao dia
ajustado, mereceu consenso, consenso difícil de apurar quando do Fundo Maneio
se dá conta, no entanto, contas feitas, fica para durar até que o ano se fine e
A VIDA SE MAXIME!
Por fim, bombadas celebradas em
prol do casal Centeno, o espirito HC em alta, o regresso ao lar, com a estrela
do bom caminho entregue ao táxi, restavam os votos de UM BOM NATAL e, para
alguns, até 17 de Dezembro.
João Sadler Simões
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