Capitão – Tenente
CARLOS AMANTE CRUJEIRA
(04 Maio 1944 / 25 Novembro
2013)
O
Carlos Crujeira partiu para a “longa viagem” de forma um tanto inesperada e
definitivamente extemporânea. Sabia-se de problemas de saúde que o afligiam há
alguns anos, mas a notícia não deixou de nos surpreender e entristecer.
Recordamos
aqui, com saudade mas também com orgulho e satisfação, os momentos marcantes de
uma vida percorrida intensamente e com muito entusiasmo, sempre com o objetivo
de fazer mais e melhor.
Oriundo
de Oeiras, assentou praça na Armada em 1 de Setembro de 1963 como cadete do
Curso Miguel Corte Real, tendo transitado no ano seguinte para o curso
Hermenegildo Capelo (HC) onde se integrou sem dificuldade, mau grado uma
propensão inata para a disputa física e verbal própria dos verdes anos da
juventude.
Concluiu
o curso de Administração Naval e foi promovido a guarda-marinha em Janeiro de
1968, tendo passado à Reserva em 1986 no posto de capitão-tenente, e
posteriormente à situação de reforma.
Serviu
a Marinha com grande integridade e empenho na Superintendência dos Serviços
Financeiros, Direção do Serviço de Armas Navais e Direção de Infraestruturas
Navais, tendo feito o seu tirocínio de embarque como Chefe do Serviço de Abastecimento
do NRP “S. Gabriel”. Fez ainda uma comissão de serviço no Comando da Defesa
Marítima de Porto Amélia e posteriormente no Comando Naval de Moçambique, de
1969 a 1971.
Quando
do regresso a Portugal, o Carlos decidiu prosseguir a formação académica e
licenciou-se em Finanças corria o ano de 1978.
Inicia
então a transição para a vida civil que virá a concretizar-se cerca de uma
década depois, exercendo entretanto várias funções entre as quais a de Assessor
para os Assuntos Económicos do Presidente da República.
Dotado
de invulgar capacidade de trabalho e grande energia anímica, foi membro do
Conselho de Administração da Hidroeléctrica de Cabora-Bassa, tendo passado
largos períodos em Moçambique durante a década de 90 do século passado.
Continuou depois a trabalhar com muita determinação nas áreas da consultadoria
financeira e de gestão, onde evidenciou a longa experiência acumulada e os
conhecimentos adquiridos nas mais diversas situações.
Sentimos
muito a falta do Carlos e da sua presença habitual nas nossas tertúlias
mensais, agora que se completam 50 anos sobre a data em que nos conhecemos e se
iniciou uma amizade que os diferentes caminhos trilhados por cada um não
esmoreceu.
À
Leah, sua mulher e companheira nos grandes desafios que enfrentou ao subir as
“enxárcias da vida”, e aos seus filhos Patrícia e Miguel, os camaradas e amigos
lamentam a inesperada partida e apresentam sentidas condolências.
O
curso HC
Nota: Texto enviado para publicação nos Anais do Clube Militar Naval.
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