quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

ENCERRAMENTO DAS COMEMORAÇÕES DO SEXAGÉSIMO ANIVERSÁRIO DO CURSO

 PRÓ-MEMÓRIA DO RÉVEILLON 2024-25

Pós-modernistas, porto de abrigo apetrechado para escalas técnicas, reabastecimento e descanso de guarnições, Figueira da Foz, margem norte do Mondego, eis o Vila Galé, rota batida para nau com provas dadas, pois em igual contexto, na foz do Alcabrichel, o destino de então ficou para a história HC, ocorria então o arranque das comemorações HC60. Igual guarnição, fadiga acumulada, bom porto se recomendava para o merecido descanso, em técnica de recuperação ativa! Do Vimeiro à Figueira, do Alcabrichel ao Mondego, do Golf Mar ao Vila Galé, eis o momento para à história dar contexto, dar cabal notoriedade às comemorações, pois com 2025 outra década se abre,  a contexto virá, pois pretexto foi para o Alvarrinho trilhar seus momentos de exaltação, com 2034 no horizonte! Então se apropriava da velhice e, caricatura a preceito, encantava os presentes, e transportava-os para um estado, o estado da senilidade consciente, por vezes inconsciente! Era o mundo a que pertencíamos, sem o acreditar!
Manda a tradição, e esta entre gerações se perpétua, aos romanos e por decreto de César, a entrada no novo ano ocorre de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, e, claro, dando campo a diversas práticas supersticiosas, algumas ao tempo resistiram e, hoje, soam a descrédito!
Quem não come 12 passas, invocando desejos?;
Quem não sobe escadas?;
Pular sete ondas (e ao mar tudo deve!);
Tudo é pretexto para acreditar que, às práticas o desejo se cumpre, a vida melhora!
Senhor das tempestades, temido pelos marinheiros, Poséidon, talvez conste das superstições comuns aos marinheiros. Será de Poséidon a afronta do buraco do ozono? Aos políticos, senhores da guerra, talvez esta seja a causa inumana, seja o aliviar de consciências. 
Arribar a bom porto, escala técnica ou não, reabastecer é preciso e dar à guarnição o merecido descanso, é o que os velhos marinheiros muito treinaram após exercício em formação desenhado. Ai Marinha, quem não se batia por exigente Stanavforlant?
Nato ou Galé, o momento é vivido com igual entrega e, da refrega...o corpo é que paga!
Entre festas medeia além do regresso às origens (Escola Naval), o reconhecimento do vértice científico que pautou o empenho do nosso patrono. Valências diversas ficaram associadas à expedição científica à Serra da Estrela, expedição de relevância inquestionável, então no combate à tuberculose, agora no combate à desertificação pelo fogo, então pelo ambiente saudável, agora pelo ambiente economicamente rentável, então sanatório agora hotel estrelado, enfim, indiferentes à ambiguidade das soluções, rumámos a Vila Ruiva, derivamos para o Sabugal, sentimos a Guarda, pico das cidades, capital de distrito. 
A estrela que nos segue, azimutada para que o rigor da estima fosse confrontada, por vezes associada ao destino, é insondável e nós, certos e conformados, continuaremos a dar expressão à evidência, isto é, viver é rejeitar a indiferença!
Nó górdio desfeito, charrete em respaldo a preceito, quis o destino, areal sem fim, que a Rainha das Praias e a obra-prima de Inácio Peres, constituíssem abrigo perfeito para o HC encerrar as comemorações dos 60 anos. Janela ou varandim, oeste ou leste, acolhimento perfeito, tão perfeito quanto o Pub do Aires, pois, mesmo comendo sem dar conta, muito sobrou!
Dar conta da beleza natural da Figueira da Foz, foi propósito de curto passeio pela marginal, desde logo entrecortado pela busca incessante do local para o almoço, pois comer sem dar conta, para os octogenários, não é vida não é destino! Caçarola, a segunda, foi destino, destino bem assessorado, pois com o casino por diante, a melhor sorte seria procurada se a Caçarola deixasse calote, deixasse penúria. Terra de peixe fresco, não é de estranhar ter como protagonista, pois então, farta cabeça de peixe que, embora rodeada de três predadores, lá foi resistindo e, contas feitas, retemperar é preciso, pois o réveillon está à porta, e muitos são aqueles que, por este mundo fora já o viveram!
"Peace&Love", mesa única, pois repartir o sentimento é descontar na amizade, traje a rigor, adereços ajustados à ocasião, sons ajustados ao tema, shaker de sons em mesa de mistura! Talvez a dor do crescimento lateral sossegue e os votos que a meia-noite exige, talvez o balanço tolde a emoção, não estamos no casino da Figueira, não temos a Golden Orchestra, nem Wanda e Eva Stuart, estamos com os Abba ou Elba Ramalho, "Take a chance on me" ou " Bate bate coração", e na pista batia bem à procura de uma chance! 
Aos VELHOS MARINHEIROS, com sessenta anos de maturação em águas de Neptuno e com especial estagiamento em cascos de aço e convés de madeira com 87 anos de pousio, tantos quanto o casco da Barca Sagres, restavam os movimentos de compensação, à vaga de outros tempos. Se os ritmos tardaram em ter reflexo, o mesmo não se dirá da requintada ementa onde, a lagosta que serenamente tomou conta dos palatos não deixou ninguém indiferente, pois, decorria o ano 1966, e a lagosta tomou conta do rancho, então no porto do Mindelo, então competia com o bacalhau e outros integrantes da tabela de rações. Enfim, grandes recordações, grande experiência! Grande experiência que, nem a ternura de novilho distraiu.
Já a margarida da paz reinava quando, as rolhas saltaram os copos formaram, o espumante foi rei, até porque, quis o destino que, a Foz do Mondego, palco do fogo-de-artifício, soasse e brilhasse, deixando aos tertulianos HC+P outros focos outras atenções e estas, com o coração em alta e Peace&Love! 
ESTAMOS EM 2025, E ESTE, É CAMINHO PARA O HC70.
ATÉ LÁ E...BOA VIAGEM.
João Sadler Simões



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