Os sentimentos voam e as emoções
falam, as portas da escola que nos abriu as “Portas do Mar”, são o acesso para
um dia de são convívio, em que o passado e o presente se unem, qual exortação
de vida!.
Ás honras militares sucedem-se as
honras da eternidade, onde os presentes, com a sua assinatura, vinculam os
ausentes, tal o significado de um gesto, por todos repetido, como se de
testamento se tratasse. Aos vindouros deixamos a atitude e a conduta em 50 anos
atestada.
Aliás, se outra prova fosse
exigível para além dos registos individuais, a excelente exortação do “Penico”,
tendo por testemunhas os grisalhos HC’s e por alvo os alunos, ecoou em plena
parada e por certo fez eco para o futuro de uma renovada Marinha que ali se constrói.
O corpo de alunos, redimensionado
para as necessidades presentes, desfilou com aprumo, imagem de uma casa que bem
conhecemos, e cujo presente e futuro foram objeto de detalhada apresentação
pelo Comandante da Escola Naval. A MESMA VONTADE MAIOR RECEIO!!!!.
As enxárcias da vida que teimamos
em subir, de cesto em cesto, para à flamula chegar, tope de uma vida que
levámos a tope com a colocação de uma placa no átrio das camaratas, removeu
memórias. Enxárcias, o que é?... Entre muitas, é a justa homenagem ao quadro
docente que, presente ou ausente nos formou, arrojados e competentes, até ao
desafio de Neptuno em seu reino. A passagem do Equador, o cortar da fita e
julgamento a que fomos sujeitos, momento alto de uma temerária viagem de
instrução no “Navio Escola Sagres”, esteve presente!.
A memória, esse registo de difícil
explicação orgânica, foi alvo de especial desafio quando, em cerimónia de
grande elevação ocorrida após o almoço, as “Memórias de Carreira” de alguns de
nós, foram solenemente entregues. Alegria e comoção para todos!!!.
Retemperadas as energias, em
almoço ao qual não faltou o bolo do HC50, os grisalhos HC, museu vivo dos anos
sessenta, percorreram museu onde, o material fixo de utilização permanente
repousava, lado a lado, com registos históricos e distinções pessoais objeto de
oferta voluntária. Breve, o valioso património gerado no seio do curso,
repousará em local próprio deste museu. Assim desejamos.
Ardósia, secretária, beliche e
outro equipamento da época, foram pretexto para regressar ao passado, não
passando em claro, em lance de escadas intermédio, a caixa do engraxador que,
então, velava pela boa apresentação do calçado do Sr. Cadete. O Faustino que,
em parada, convidava os Srs Cadetes para uma boa engraxadela!!.
A invernia imperava e a “ora di
bai” restava. No entanto, o “Tridente”, revista que imperou nos anos sessenta
pela mão dos cadetes, voltou à casa a que pertence. Que local mais apropriado
para o distribuir?. De facto, o “Tridente”, como repositório de histórias de
carreira e vida, foi a forma encontrada pelo Curso Hermenegildo Capelo, para
divulgar histórias homenageando a revista que viu nascer nos anos sessenta.
Até sempre, escola de todos nós…e que o “TALANT DE BIEN
FAIRE” perdure.
JOÃO SADLER SIMÕES
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