O caimento,
esse desvio do destino, exige do navegador a perícia assim como da vida vivida.
Irmanados pelo mesmo sentimento, vividos marinheiros vencem a prancha e tomam
conta da vedeta, anotando os momentos passados. VALEU A PENA!!!.
A maré, que
pelo rio sobe ou desce, faz da vedeta o seu jogo, do qual não há vencedores nem
vencidos, antes a torpeza da vida agora memória distante. O destino, a BNL, é
alcançado com a justeza de rotina feita, e os velhos marinheiros, identificando
os cantos da casa que já foi sua, anotam as diferenças e as marcas do seu
tempo.
Ausentes os
reis reinam os almirantes dando à Marinha dos nossos dias o destino da sua
crença, nem sempre realizada. Recebidos com as honras devidas, coube ao Alm.
CN, apresentar o dispositivo e ação com emoção e desencanto, já que a crise,
esse diabólico estado, é tormenta porventura mais dura e duradoura que o
temível sudoeste rijo, enfim coisa dos políticos!.
Agora, do mar
para terra, da vedeta para o autocarro, a BNL é percorrida de lés-a-lés, sempre
contemplando os temíveis e caros meios que, no seu todo, constituem o
dispositivo cuja amarração forte e segura faz deles vulgar objeto. VIVA OS
DESCOBRIMENTOS!!!.
Do velho para
o novo, da DA para a ES, eis que a Sagres, essa eterna memória de um passado de
feitos de mar e audácia, com os seus 75 anos, faz a sua aparição. Infante
atento, mastros erguidos, velas caíndo, eis a “velha náu” a receber o curso
Hermenegildo Capelo, 48 anos após a sempre recordada viagem a Angola.
A prancha
vencida, algum torpor de movimentos, as honras cumpridas e, palmo a palmo, do
convés aos beliches, o inferninho é recriado. ETERNA SAUDADE!!!.
A manhã vai
longa e os velhos marinheiros, acusando alguma fadiga, após travessia da Ponte
25 de Abril, encontram porto de abrigo no restaurante “Palmeira”, na Rua do
Crucifixo, local escolhido para um reconfortante almoço, digo bem almoço e não
rancho. A Sagres, tendo a docagem por destino, fechou o rancho aos HC’s!!!.
João Sadler Simões
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