domingo, 15 de junho de 2025

FAMÍLIA HC

 

Hoje temos o nosso blogue enriquecido com uma crónica do Gonçalo Cordes Valente, grande animador dos convívios mensais da Tertúlia HC no CMN.

As suas histórias e lembranças, quer familiares quer navais, levaram o Sadler Simões a apelidá-lo de “Zurara do HC”, num tom mais leve...


Verde

O verde é a minha cor.
É cor da minha bandeira.
É o verde dos arrozais
É o verde dos matagais
O verde do meu Vale del Rei com matizes vermelho e amarelo dos medronhais
É o verde dos olivais
É o verde dos sobreirais
É o verde dos azinhais
É a cor da Primavera, nos campos do meu Alentejo 
Mas também o vejo nos campos da Amazónia ou nas florestas do Canada
É o verde da minha rua nestes tempos primaveris
Gosto do verde, sim!
É a cor do meu clube no verde do relvado, em Alvalade formado
É o meu verde sim!
É o verde da ecologia dos campos de cereais, da Ucrânia massacrada
É o verde das margens dos ribeirais naquele vale sagrado rodeado de sobreirais.
É o verde, dos espaços ditos da ecologia-inversa da lata , miséria, green, verde da reformada esperança do velho-do raio-do sol, apodrecendo a carcaça no banco de algum jardim. Verde
Do mar revoltado que em noites de vendaval, atirou barcos lembrados contra baixios de coral
Verde das florestas do Vietname do desfolhante e do napalm, do Tio Sam
O verde da fome, o verde do frio, do rosto do perseguido!
Verde da baba, do feno, dos ruminantes moído 
Ah! mas também o verde dos cabelos de Baudelaire e das entranhas de Robespierre
É o verde agora, verde pão na terra maninha, antes rasgada, suada, esventrada, maltratada
Verde de espinhos
Verde de abrolhos
Verde Esperança 
Verde cor
É o meu verde,
Com amor!

Escrito agora mesmo!
Gonçalo

quinta-feira, 29 de maio de 2025

EVENTOS DE JUNHO

Encontro mensal no CMN terça-feira, dia 24. Rendez-vous pelas 12.15h, seguido de almoço pelas 13.00h.

Aniversários:

12   (1946) Pedro Amarílio POMBO RAMALHO 
19   (1945) Luís António  PROENÇA MAIA
20   (1946) Luís MEDEIROS ALVES 
23   (1943) Carlos M. VASCONCELOS CARRASCO
26   (1945) José Antelmo  VENÂNCIO CORREIA
30   (1945) Victor Manuel  LOPO CAJARABILLE
Aos aniversariantes enviamos forte abraço, votos de um dia muito feliz e boa saúde.

O GT HagaCê

terça-feira, 27 de maio de 2025

ALMOÇO CONVÍVIO DE MAIO

Afinadores que do pirolito fazem vida, marcam geração de 60 agora causa remota dos amigos HC, memória de Zurara em boa hora revisto, bem haja amigo. Afinadores de convívio, o GTHC afina presenças, pois os desafinados todos tememos, e esses, com anúncio prévio ou não, aguardam repescagem! Dez convivas, mês de Junho, o CMN, eis os ingredientes base para uma tarde bem passada, eis os afinadores da TERTÚLIA HC. Concerto de amigos que, traje leve, ocupam sala onde, propósitos circunstanciais dão cor e animação, nada é devido, tão só a abordagem de temas geracionais, intemporais ou mesmo profissionais tudo começa pela vida que se esgota, pelo acontecimento recente que os juntou, pelas caras novas que vão surgindo, no entanto, central e inalienável a saúde que aos homens octogenários, dá à próstata o protagonismo adequado. Palavra puxa palavra, e o nó górdio das emoções, está nas caras que se olham com o conhecimento distante, próprio do desconhecido: "aquela cara não me é estranha!" Como se chama?
De tirinhas aos lombos, o porco é rei, mas coroação a preceito, aos lagartos é devido, não os do clube mas os do Jamor! 
Andar nas nuvens, a maioria escolheu, talvez porque o mundo dos desafinados está na ordem do dia, daí, as farófias, em maioria reinaram, sala vazia, S. João no horizonte.
Até lá amigos, e contem com os Afinadores HC.
João Sadler Simões



segunda-feira, 19 de maio de 2025

" NA ENCRUZILHADA TEMPLÁRIA”

  

PRÓ-MEMÓRIA

Batalha de Aljubarrota adiada Batalha de Alvalade cumprida, eis os novos guardiões do templo, de Tomar para Alvalade, sonhadores do êxito! Enfim os tempos mudam iguais propósitos, o poder.
Da ordem do templo à ordem de cristo fizeram das suas deixaram marcas deixaram história. 
História, talvez notável pelo gosto aos redatores acometida, esta dos passeios já rematada em dezasseis capítulos, tantos os destinos, tantos os sonhos cumpridos!
Norte Sul, Leste Oeste, lusofonia, raia ou mares bem conhecidos, tudo serviu de pretexto, pretexto aos mesmos servido, salvo ao serviço do Além, a que alguns, mais dedicados, cedo se entregaram e deixaram de ser vistos.
Meados de Maio, Primavera conquistada, hora mudada, Santarém é reencontro é passo inicial para nova jornada, passos largos de cuidadores da memória, corrente de escrita que, das Portas de Ródão a Constância, ao leito do rio dão vida, vida que se esgota como corrente de rio, talvez sem fim, talvez com a reencarnação no horizonte!
Torricados, esse encontro de sabores onde a simplicidade de processos diz bem à população de origem, está na ordem do dia, ordem do dia marcada pelo reencontro daqueles que estando distantes ao esquecimento resistem. Antes porém, toca a reunir, e Aveiras de Cima, ordem unida realizada ao café da manhã, aos costumes disseram sim e, a bom porto rumaram.
Sete casais, Riba Tejo, fizeram da Casa dos Torricados porto de abrigo. Estávamos em pátio ribatejano bem cerca do belo mercado de Santarém, afluente de uma vida, reencontro e memória que se agita, a Irene Sargento Correia está entre nós, e com ela, a certeza de que, o sentimento que se sente é de uma família, nunca se perde!
Santa Iria, origem e crença dos naturais, é também fonética original de Santarém, gente humilde que cedo aprendeu a lidar com o Tejo, fonte de riqueza, fonte de vida. Talvez os torricados seja exemplo, pois tal como a lapardana, não passa do engenho para do pouco fazer muito. Que o digam os alentejanos, pois as migas e as ervas que lhe dão sabor, do pouco muito fazem!
Saudades escoadas no fino tempo que nos medeia, e eis que, do Tejo ao Nabão, do rio ao afluente, corrente que, ora calma ora nervosa, ao Vila Galé nos projeta, junção de edifícios, à Ordem do Templo dedicado.
As caras que ao balcão dão conta da conta que lhes marca o tempo, não são estranhas, antes crispam e são espelho do passado que, sendo comum, ao mar o devem, até porque, entre  nós, filha da terra identifica locais, cede à memória, com um brilhozinho nos olhos, uma vez que, o colégio alienado foi casa sua, aprendeu para o futuro garantir. Que bela recordação para a menina Céu!
Porta secreta vencida, como templário a preceito, eis-nos no bar, eis-nos a retemperar energias pelo Gin, que tão afamado ficou no cruzeiro por escolha da Ana Godinho. As melhoras amiga, fazes falta!
Ao Gualdim Pais Tomar está reconhecida, a Santa Iria Tomar tem devoção, até porque, lenda refeita lenda escrita, a Manela fez questão, da sua leitura! Verdadeiro ou falso, de Tomar a Faro passando por Santarém ela é contada ela promove a devoção!
Meca templária, Mata dos Sete Montes, o Convento de Cristo e Castelo, que da janela do quarto se avista, estava guardado para o dia seguinte!
Escadaria superada, borla invocada, e já o Rolo clamava: "a charola, onde está a charola!" Vale a fadiga, vale a procura. Na Europa sem igual, igreja circular convivência de estilos, românico, gótico, manuelino e renascentista, telemóveis em faina, da charola à janela passando pelo claustro e por fim o castelo integrado e de proveta idade,  século XII!
A fadiga conquista os senhores do templo os senhores de cristo rumam a Almourol!
Sorria, pense em si, desfrute do momento, você merece, sinta a experiência, experiência vivida em degustação projetada para a cultura regional enaltecer! Estamos em Tancos, com o Arripiado por testemunha, cenário escolhido para da prova de vinhos e azeite regionais, abrir momento de convívio com o Hermenegildo Capelo no pensamento. Deu para sorrir, pensar em nós, desfrutar o momento. Da esplanada à mesa, do bufete ao serviço de mesa, o mesmo critério, e o peixe do rio em fritada cuidada e doces regionais, deixaram o perfume regional. 
Almourol à vista  gritou o vigia, e quis o destino que, o belo e estratégico castelo templário, aos olhos indefesos dos turistas HC surgisse, não por ordem de trabalhos mas por desorientação do Sr. António, o condutor! Bons ventos te tragam bons ventos te levem, até porque navegar é preciso para o mesmo alcançar!
O PLANOP, esse mesmo, sem margem e eis que, foto de família a cargo do Sr. José Ferreira, retomamos a estrada, agora, para uma fugaz passagem por Constância, terra de Camões, terra de águas vivas, águas tão puras que, cantadas ou banhadas merecem ser revistas.
A música ao vivo, sempre esperada quando, aos deveres do trabalho sucede o lazer do fim-de-semana, e eis que, o Manel e a Arlete rumam à Parede! Quem resiste à "Queima das Fitas" de uma neta? PARABÉNS E BOA VIAGEM BONS AMIGOS.
Tarde primaveril, igreja de S. João Batista por testemunha, e eis que, Corredoura percorrida rumo à Praça da República, a tal que dá guarida ao Gualdim, o mais procurado, o restaurante A Canoa, caracóis no barro, um bom bate papo, e vamos a isto que a espiga já abunda! 
Monges de Cister, congregação religiosa, benesses por Afonso I concedidas, decorria o século XII, vejam só, e eis que Alcobaça, agora que a habitação está em crise, vê 44 mil hectares do concelho e convento de três naves iguais,  de 22 metros de altura, casa de Cister, para os monges acolher. Que injustiça, isto quando casa e comida já era insuperável questão!
Pedro e Inês, drama de nação ainda órfã de Sebastião, ali repousam e são visita, guiada ou não, pois o drama de amor vivido tem o cariz novelesco hoje bem consumido. 
Talvez sugestionados pela cozinha e sua chaminé de parar a respiração, tal a grandiosidade, talvez pela indecisão leonina, talvez pelas chitas e doces, ou maçãs de Alcobaça, que às Penélopes desafia, o António Padeiro começou a ser procurado, pois o que está próximo, quando a fome aperta, tarde ou nunca se alcança! 
Por fim, rua estreita, pelo Michelin contemplado, o labiríntico espaço, se anuncia e a reserva também. 
A mesa, de acesso difícil, beneficiava de falsa saída e sanitários! Será obra de Templários?
Entre as iguarias listadas ou do dia, os doces, de apresentação cuidada e em tabuleiro próprio, deixaram a boca doce, talvez presságio para a doçura que, aos cavaleiros da Ordem de Alvalade estava guardada. Batalha recusada batalha vencida, aos de Alvalade, setenta e um anos volvidos, conquistaram o bi-campeonato
PARABÉNS NUCLEO SPORTINGUISTA DO HC.
Corredouro de verde pintado, como pintado o Gualdim por certo ficou, pois pela amostra, o país foi pequeno para tanta emoção!
Não esqueçam, até ao fim, do ano pois claro, que mais poderia ser?
João Sadler Simões



domingo, 27 de abril de 2025

EVENTOS DE MAIO

 EVENTOS DE MAIO

Encontro mensal no CMN terça-feira, dia 27. Rendez-vous pelas 12.15h, seguido de almoço pelas 13.00h.

Passeio anual.  Previsão 14 a 19MAI

Aniversários:

01  (1945)  José Manuel ROCHA SIMÕES
07 (1944)   António Micael FRANCO CAIADO
10  (1946)  Manuel Raul FERREIRA PIRES  
25  (1946)  Américo FERNANDES HENRIQUES 
25  (1944)  João SILVA LEITE   
28  (1944)  José CABRAL DE SACADURA 
30  (1946)  José Luís RODRIGUES PORTERO 
Aos aniversariantes enviamos forte abraço, votos de um dia muito feliz e boa saúde.

Também nascidos neste mês homenageamos e recordamos com saudade:

08  (1945)  João ALMEIDA GODINHO que nos deixou em 24-03-2013;
19  (1944)  Carlos AMANTE CRUJEIRA que nos deixou em 25-11-2013.

O GT HagaCê

quarta-feira, 23 de abril de 2025

ABRIL. CONVÍVIO MENSAL

 

As fotografias que, mensalmente, as presenças dão conta, fazem-no com o realismo do tempo e, sempre, são fruto das competências, hoje generalizadas, do uso do telemóvel, apetrecho tecnológico hoje diferenciador do homem atual face à vulgar imagem do homem de Neandertal! Que saudade do slide, inovação em voga, quando a bordo da Sagres nos fizemos homens do mar! 
Vestígios lidos e interpretados por tecnologia de ponta, falam por si, como por si, os vestígios que a tradicional fotografia promovem, são prova de um homem marcado pelo tempo e sujeito à tecnologia de ponta, esta vulgarizada, tão vulgarizada como, em década próxima não passaremos de um Neandertal qualquer, onde até os ossos, por cremação, não deixam rasto!
Pessimista? Não, realista e mesmo assustado com uma realidade que excede a mente padrão e, mesmo só perante o futuro poderá ser julgado!
O que nos resta então? Aos memoráveis que porfiam, a resiliência constante.
Percurso diverso, percorrido com devoção como se de via-sacra se tratasse, eis nove convivas reunidos em sua catedral, o CMN que, talvez pelo sentimento pascal comunitário, era atravessado pela frieza própria do recolhimento! Até o Santo Graal, cálice por demais procurado, fez a sua aparição com o Carlos Alberto por testemunha...bem haja!
Memoráveis, indiferentes à solidão, qual conclave desprovido de fumos, os sorrisos,  forçados ou não, agitam memórias: lábios humedecidos, sorriso distante, traje composto contagem feita relâmpago do flash! Afinal estamos em 2025 e é a melhor de dez. 
Não há dúvida vivemos a sociedade do desperdício!
João Sadler Simões

sexta-feira, 28 de março de 2025

EVENTOS DE ABRIL

Encontro mensal no CMN terça-feira, dia 22. Rendez-vous pelas 12.15h, seguido de almoço pelas 13.00h.

Aniversários:

02 (1945)  Helder FIGUEIREDO DE ALMEIDA
07  (1945)  Manuel FREIRE DE MENEZES
Aos aniversariantes enviamos forte abraço, votos de um dia muito feliz e boa saúde.

Nascido neste mês homenageamos e recordamos com saudade:

05  (1944) José SARGENTO CORREIA, falecido em 09NOV2004
06  (1944) Vasco Manuel CUNHA BRAZÃO, falecido em 07DEZ2023

O GT HagaCê