Alimentei a esperança que, o
"amor de família" não tem igual, e é do mesmo que construímos a nossa
identidade!
Alimentei a esperança quando, do
quintal para a rua e da rua para o quintal, ultrapassei barreiras, testei
emoções.
Alimentei a esperança quando, a
escola frequentei, e as portas conhecimento se abriram para um mundo melhor.
Alimentei a esperança quando, ao
grande subi para, ferrar e largar pano. A Barca Sagres, Equador vencido, deu-me
vida, deu-me futuro.
Alimentei a esperança quando, a
alvorada de Abril, fez a liberdade passar por aqui.
Alimentei a esperança quando,
novos estados foram gerados por via da descolonização.
Alimentei a esperança quando,
indiferente à idade, retomamos caminhos, retomamos a coloquial camaradagem.
Enfim, a esperança não morre, ou
seja, é a última a morrer!
VIVA O 25 DE ABRIL, agora e sempre
pois, tal como a esperança, os ideais perseguem-se, os ideais, dia a dia, se
constroem!
Muitas são as histórias, com Abril
recentradas, todas elas associadas a projetos de vida, no entanto, o objeto, o
caminho e o fim, esse, é só um, e não vale a pena distorcermos em favor de
causas onde a comunidade, só parcialmente, beneficiou. Abril aconteceu e a
liberdade terá de, dia a dia, ser defendida!
A esperança, esteio de uma vida,
quiçá a última, faz de todos nós sonhadores, e talvez por isso e não só, os
sorrisos, as saudações por motivos aparentemente fúteis, sucedem-se, tal como
as Tertúlias, cujo alcance, nem sempre fácil, é vencido é saboreado: "QUE
FORÇA É ESSA AMIGO, QUE TE PÕE DE BEM COM OS OUTROS E MAL CONTIGO?".
Os memoráveis que, indiferentes à
mobilidade reduzida pela corrosão do tempo, erguem a taça honrando o passado, saudando
o futuro, presentes ou ausentes, sorriem mesmo que a dor interior os atormente!
Nove convivas, mesa redonda, histórias repetidas, o TALANT DE BIEN FAIRE não
esquece, fizeram escola, a escola que Abril abriu, a da LIBERDADE!!!
Vale D’El-Rei, linha de nobreza
insuspeita, do Alentejo profundo ao mui nobre Clube Farense, atestado por
brasão de armas ostentado em portaria setecentista, idade de património urbano
da Rua de S. António, em Faro, crédito do nosso Zurara, pois aos avós
pertencia.
Segredos desvendados, secretos tão
ao gosto dos velhos marinheiros, base de almoço sem reparos, e mesmo tolerado,
pois as intolerâncias, essas, se alguém as testou, pela portaria ficaram, até
porque, perdoa-se o mal que faz pelo bem que sabe, voz do povo crença do
Centeno!
Bombadas repartidas, de imediato,
o APONTAMENTO, documento de cujo rigor depende o sucesso das COMEMORACOES HC60,
foi lido e atualizado.
ATÉ À VILA RUIVA soou bem alto,
pois quando toca a reunir, aos velhos marinheiros, resta o alinhamento resta a
leitura da ordem!
João Sadler Simões