Inspirador, os tons as cores e a
luz, somatório das boas novas que à Primavera é atribuído. Inspirador, o
sentimento que, de comum, tem a vontade de reviver o muito que por nós passou,
sempre datado, não vá o desnorte (cheira a Alzheimer), dar tudo a perder.
Aos 40, o Livro do Curso, em prosa
e rima, versou traços individuais, traçou rumos e marcos inspirados na força,
agilidade e intransigência, caricatura da forma e conteúdo de escola, onde o
internato e os códigos, selecionam e expurgam os demais;
Aos 50, o Tridente, símbolo de
Neptuno, poder entre os mares reconhecido, deixou histórias de vida, por terra
e mar, continentes diversos, momentos desiguais, relatos bibliográficos,
contextos históricos;
E, também, retoma social,
encontros plurais, descoberta da terra adiada, amostras da arte familiar ou
privada. Eco do muito entretanto realizado, o livro e pen, onde, de forma
estética apreciável, fotos e textos, estão retratados. Das origens às memórias,
1964...2034, compilação fruto da generosidade e dedicação do amigo Carlos.
Aos 60, dar à esperança o merecido
repouso e ao presente o balanço de uma vida onde, memoráveis são os que nos
deixaram! É da ampla participação e empenho, que as ideias passam à
realidade.
TALANT DE BIEN FAIRE!
Como páginas sem número, onde aos
capítulos da vida falta atribuir, nós e os outros, que de comum temos o mar,
ocupamos sala de leitura, antecâmara, enchemos de afeto, uns e outros, com a
intensidade que o passado dita. São amigos que há muito não se veem, são amigos
que viveram feito comum (comissão, por terra ou mar) todos eles, já a espada
embainharam, já lhe deram lugar para filhos e netos louvar! Lembras-te? O mar
de proa, a visibilidade quase nula, o radar avariado e o balanço, o
balanço...Enfim, "velhos marinheiros" ancorados no clube a que cedo
aderiram, atracados ao tempo que viveram.
Saudar terra, saudar os anos
vencidos, é prática que, honras prestadas, cedo aprenderam.
A sessenta anos de distância, a
EN, não passa de uma miragem que teimamos em reter, talvez por isso, voltar é
preciso.
Com sorte chegamos longe, com
imaginação também!
Remetidos para a marquise, estufa
pouco adequada aos jovens septuagenários, branco fresco, salgados a preceito,
entre oferta e procura, a inflação do momento recai na lingua de vaca estufada.
Pergunta ao pessoal que passa
notícias do meu pedido, o pessoal cala a desgraça o pessoal nada me diz!
Desespero, indignação à parte, café tomado, o HC60 sai do anonimato, o sonho dá
força á vida, vida que, em 2024, contra ventos e marés, será a rampa para o
2034, o tal que, ao maior sonhador HC se deve...o amigo Gaspar!
Até breve, até 18 de Abril,
ocasião para mais uma tertúlia entre amigos!"
João Sadler Simões