Tomaram o trem de assalto, o tal que em tempos
idos, com a Casa de Bragança a fazer das suas, à realeza servia. Se antes as
praias eram o destino, agora a tertúlia é rota certa! Segunda carruagem, a
romper pelas costuras, é ponto de encontro de amigos, repletos de histórias...
Algumas cinquentenárias, tão vivas e presentes, quanto o livro de todas as
Memórias. Túneis e escadas vencidos, rosto espelho de boa nova, e o encontro
ocorre entre pares, lá pelo clube de todos nós. A individualidade pela
sociedade balizada, o corpo abandona, e eis a transgressão tão comum no
Carnaval. Máscaras tomam conta dos rostos e corpos, cabendo aos avós mais foliões,
acompanhar os netos!
Nove de assinatura corrente em tais ocasiões,
após o Borba branco, assumiram, maioritariamente, a carne estofada, com
denominação de origem sediada em Lafões, localidade beirã, à beira Vouga.
Apreciada, com paladar exigente, e após doçaria adequada, o Bar, ex-Zé, foi
aberto, por vontade soberana, do Conde de Sabrosa, ilustre fidalgo Centeno... Quis
o destino, respeitando a Quaresma, que tal evento sofresse antecipação, dando
ao mesmo, a máscara carnavalesca: NO CARNAVAL TUDO VALE!!!
Contas feitas, e para que conste, foi a mesma
assinada e selada com foto, onde as bombadas dão firme prova.
Contra ventos e marés, e até por soprar
nortada rija, o GT, em regime de horas extra, vá-se lá saber porquê, rumou ao
Eduardo das Conquilhas, local que tomou de assalto. Maré Viva, preia-mar,
contrato firme, e a "Memória HC", em pen embalada, sai do anonimato,
esgotando o mercado de tal artefacto.
João Sadler Simões