quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

ENCONTRO DE FEVEREIRO


Tomaram o trem de assalto, o tal que em tempos idos, com a Casa de Bragança a fazer das suas, à realeza servia. Se antes as praias eram o destino, agora a tertúlia é rota certa! Segunda carruagem, a romper pelas costuras, é ponto de encontro de amigos, repletos de histórias... Algumas cinquentenárias, tão vivas e presentes, quanto o livro de todas as Memórias. Túneis e escadas vencidos, rosto espelho de boa nova, e o encontro ocorre entre pares, lá pelo clube de todos nós. A individualidade pela sociedade balizada, o corpo abandona, e eis a transgressão tão comum no Carnaval. Máscaras tomam conta dos rostos e corpos, cabendo aos avós mais foliões, acompanhar os netos! 
Nove de assinatura corrente em tais ocasiões, após o Borba branco, assumiram, maioritariamente, a carne estofada, com denominação de origem sediada em Lafões, localidade beirã, à beira Vouga. Apreciada, com paladar exigente, e após doçaria adequada, o Bar, ex-Zé, foi aberto, por vontade soberana, do Conde de Sabrosa, ilustre fidalgo Centeno... Quis o destino, respeitando a Quaresma, que tal evento sofresse antecipação, dando ao mesmo, a máscara carnavalesca: NO CARNAVAL TUDO VALE!!! 
Contas feitas, e para que conste, foi a mesma assinada e selada com foto, onde as bombadas dão firme prova. 
Contra ventos e marés, e até por soprar nortada rija, o GT, em regime de horas extra, vá-se lá saber porquê, rumou ao Eduardo das Conquilhas, local que tomou de assalto. Maré Viva, preia-mar, contrato firme, e a "Memória HC", em pen embalada, sai do anonimato, esgotando o mercado de tal artefacto.
João Sadler Simões

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