segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Soneto de José Régio e a novela do orçamento


Soneto quase inédito

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969

Até parece que a história se repete. Actualmente para esbulhar o reformado do que legitimamente lhe pertence utilizam-se todas mentirolas possíveis e meias verdades.

Uma oportuna carta do Tenente-General (PILAV) Oliveira Simões, sobre o esbulho das pensões de reforma, publicada no Diário de Notícias de 2012DEZ16, é disso reveladora.
É chocante e revoltante ver, como o Primeiro-Ministro tratou a questão (num congresso da juventude do PSD) em peça hoje transmitida na TVI às 20H00, procurando virar os outros cidadãos reformados contra os que recebem a pensão pela CGA.
Para leres a carta clica:AQUI

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