segunda-feira, 21 de outubro de 2019

ALMOÇO – REGRESSO À LEZÍRIA

Revista passada, entre sobreiros de grande porte e decapados da sua rica sobrecasaca (a cortiça), aos incautos transeuntes, surgia guarda de honra, ao cavalo lusitano entregue, ou não estivéssemos acedendo à famosa Companhia das Lezírias. A chuva, que não dava tréguas, anunciava o Outono e fertilizava os vastos hectares, património de todos nós, nós os HC’s, que do restaurante “A Coudelaria”, fizeram guarida para a comemoração dos 55 anos de existência. É verdade, foi em 1964, que este grupo de humildes servidores, receberam o Alm. Hermenegildo Capelo como patrono, ano após ano, pretexto para encontro, pleno de amizade. 
Protocolo de inspiração insular, foi critério seguido para, aos trinta e cinco HC’s presentes, proporcionar a disciplina tão familiar ao grupo, onde esta é base de código de conduta. Pois é, eramos trinta e cinco distribuídos por três mesas, mesas baptizadas consoante as ilhas açorianas a visitar, em próximo “Passeio HC”, a saber: S. Miguel; Pico e Faial. Ementa generosa, onde os ingredientes empregues, beneficiam da qualidade e frescura dos vinte mil hectares da “Lezíria à Beira-Tejo”, painel gastronómico de onde emanavam odores cruzados: polvo; bacalhau; novilha; lombo de porco e arroz de pato, em regime buffet foram, em revista passados e aprovados!
A Lezíria, designação comum de grupo de escolas, o primeiro de outros onde, a especialização foi durante, anos e anos, realizada, uma vez remodelada, deixou esqueleto, hoje memória destes velhos marinheiros, tema de muitas conversas, saudade de vida vivida. É que era ali, em Vila Franca de Xira, que tudo começava…
Já o licor de poejo fazia as honras, temperando os doces e adoçando as vozes, quando ao ilustre HC Zenóbio Cavaco foi dado o protagonismo, necessário e suficiente para, das letras às palavras, instruir os presentes da aliciante oferta “AÇORES TRIPELÁGICO”, passeio que o HC irá realizar em 2020. Timor Lorosa’e, passa a estar representado no património HC que integra o Museu da Escola Naval, fruto de oferta feita pelo ilustre HC Nunes Ferreira, que muito agradecemos.
E quando, pelos nossos setenta anos de “idade naval”, nos sentarmos à mesa, quais os temas quais as conversas, então num projectável ano 2034! Este e outros temas, o Alvarrinho tratava com inteligência e elevado sentido de humor, humor servido em bandeja de prata. Votos de rápidas e totais melhoras, foi sentimento vivido.
A chuva deu lugar ao Sol, tarde dentro, e eis que os HC’s regressam a suas casas, após dia que recordamos para que perdure nas “Memórias HC”. 
João Sadler Simões










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