As cigarras e seu canto invasor de território aquecido por Sol de
Verão, são o aviso são a ameaça dos que, em "jorna corrida", fazem do
campo seu modo de vida, seu ganha-pão! Aos que a trabalham pouco lhe chega, aos
que a possuem, o ganho os premeia.
Pelos campos do sul de Portugal, o canto da cigarra os acompanha,
companhia que, associada à obreira e tão presente formiga, alimenta conto,
alimenta fábula a La Fontaine atribuída. A cigarra e a formiga, quem não
conhece, da Europa ao Brasil adaptada e, até mesmo, pela Disney contada! Pois
bem, o Verão que agora concluímos, só faz sentido, com a cigarra que, tal como
a juventude em férias, canta e diverte-se no Verão para mais tarde, qual
formiga zelosa, tomar conta do futuro!
Se as cigarras, Verão vencido, se recolhem a prolongada hibernação
no subsolo, os HC's, retomam os convívios, passeios e demais partilha de
emoções, em ambiente familiar. Agosto vencido em cautelosa busca da
vitamina D, eis-nos de volta, no nosso abrigo, sede de todas as
histórias, histórias entre nós partilhadas, agora que, como em tear concebida,
mensalmente vamos escrevendo programa, como se de renda de bilros se tratasse.
Se das mãos das mulheres dos pescadores as rendas são tecidas,
também é das mãos dos marinheiros reformados que, as histórias são escritas,
são contadas como malha de rede do mar retirada, não vá o tempo apagar.
O fascínio da arte das tecedeiras, tão comum quanto a mesma, de
mãos profissionais ou artesanais/domésticas, era e é tão meu, quanto de outros
que, partindo da ignorância, rejeitavam o seu conhecimento por preconceito
social! Tudo mudou, e hoje, homens e mulheres, lado a lado, concorrem para
setor, artesanal ou não, que é expressão de um povo assente em economia
turística.
Formiguinhas, diante de tear artesanal, dão há luz tecidos e
bordados que, tão apreciados são por quem nos visita. A Fábrica Ecolas em
Manteigas, pelo HC visitada, foi destino, é destino, pois Manteigas e a Casa
das Penhas da Saúde são marco histórico dos feitos do nosso patrono!
Antes cigarras agora formigas, antes de férias hoje de faina,
consoante detalhe desenhado, antes no Verão agora no Outono, decréscimo da luz
solar, ritmo de vida em retoma.
A tertúlia, primeira do Outono, tendo o CMN como casa de
acolhimento, juntou dez ilustres "marinheiros de água doce" que, em
távola redonda, teimaram, criticaram e observaram, nem sempre no mesmo
andamento, mas é da diversidade que se cria e se avança.
Mais do que falar dos presentes, onde o culto da imagem está
salvaguardado pela foto de família que, sendo da praxe, dá conta dos que,
afrontando o "verão fora de época" e as escadas fora de serviço do
metrô, assinam o livro de presenças, vamos falar dos que, por
assistência à família, adiaram os momentos de "escárnio e mal
dizer" para outras ocasiões, nomeadamente o nosso cronista Cordes Valente
(Zurara HC); o Zenóbio e o M. Meneses. Breve beneficiaremos da sua
eloquente participação!
Entre vitela e porco, de confeção esmerada, se fez o menu de
referência, agora que, após férias e as sardinhas assadas, a saudosa
"gastronomia do tacho" mereceu escolha, isto após rica sopa de peixe!
Almoço encerrado, e bem, com ruidosa saudação ao recente
aniversário do João Sadler, as "formiguinhas trabalhadoras", deram
balanço dos avanços da programação HC60, com a especial condução do M. Pires o
Estimado Leader (EL), antes e sempre.
Do Douro para o HC, de Sabrosa para Lisboa, o Centeno, fez do
precioso néctar maturado nas húmidas encostas do Rio Douro, a
transumância tão a preceito de quem por lá desenvolve a economia local.
Bela arte que, para chegar aos homenageados (HC's), carece de rótulo, carece de
mensagem, onde, sentimento, oficio e tempo se conjuguem! O EL recorreu à
IA e esta, colheu louvores, colheu aplausos!!! Fernando Pessoa não faria
melhor!
Até ao DIA DO HC, no Real Clube de Campo D. Carlos I.
João Sadler Simões
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