Homenagear,
homenagear, homenagear, uma sociedade que não cuida dos seus, perde
identidade e morre! Talvez por isso cuidamos dos nossos, dos que, pelo
mar e com o mar construíram uma identidade e construíram uma personalidade de
grupo.
A
linha do horizonte, que aos vigias deixa o amargo da incerteza, delimita
avistamentos, quando a olha nu e em regime de navegação à vista, entramos no
reino dos nossos antepassados, lusíada entoada e narrada em forma poética
e hoje estudada.
O
horizonte, encurtado pela redução temporal, está próximo, a memória
distante é refúgio, a próxima nos abandona, na justa medida que o tempo se
esgota.
Ano
após ano, agora que a sociedade moderna, para evitar o esquecimento, elege dias
para a memória dias para isentar-se dos males, nós criamos o DIA DO HC, e este,
junta, une abre as portas ao convívio entre famílias, como estafeta que, no
testemunho tem o sentido, tem a glória. Por que não delegar nos mais novos o
que de melhor temos? A AMIZADE, O AMOR E A ENTREGA EM PROL DO FUTURO.
Um
grande bem-haja à família Godinho que, tão bem nos recebeu em sua casa,
partilhando o que melhor têm. Então, decorria o ano de 1989, em sua casa, iam
decorridos 25 anos, tendo por referência a entrada da escola que nos
proporcionou o "TALANT DE BIEN FAIRE".
Desde
então, o talento de encontrar a melhor escolha, abriu portas a restaurantes de
hotéis (aqui fica o justo agradecimento ao camarada Vitorino que, exercendo a
magistratura da amizade, abriu portas da rede Vila Galé), espaços rurais,
espaços de praia (um bem haja ao Centeno, pela experiência no Bom Petisco - S.
Torpes) e, para ocasiões mais exaltantes, espaços com ligação à instituição que
servimos, como a Messe de Cascais e o Clube Militar Naval, sendo este último o
porto de abrigo para as Tertúlias.
Do
naval ao real, do CNOCA ao Clube de Campo D. Carlos I, "o centro geodésico
HC" é anualmente recentrado e a amizade convocada!
Tornados,
visibilidade reduzida, posição indefinida, talvez a ressaca ou temor a Neptuno
e eis, entre santos e pecadores, as diabruras, os notáveis dias vividos:
"De
salto", direito a transgredir, dar à noite o que a noite permite, a
legitimidade do incógnito, eis os jantares que, de Campo de Ourique a Algés,
abriram portas ao futuro;
Em
família, mobilizando as Penélopes que, deram coerência a carreira pela terra e
mar, e mesmo intercontinental, como as tardes em hotéis de referência, da rede
Vila Galé e outros;
Em
comemoração de comissões e honrarias, mesmo que, por vezes, mereçam ser
narradas por um "Zurara" de serviço, como as noites iluminadas pelo
Farol da Guia que, como outros, nos guia;
De
protocolo ou protocolares, como na escola que nos formou e, em ordem unida, nos
saudou!
Por
convite de um dos seus, quais cavaleiros da távola redonda em rota do templo,
como em Abrantes, Arganil ou mesmo Cinfães.
Enfim,
em véspera da notável marca dos sexa e em casa de assento real, os marujos
"assentaram praça" e, a corta-mato, como se de borrasca se tratasse,
em bom porto se abrigaram, e o bom porto os esperava! Anos sessenta, colheita
de 1964, com a chancela da Casa do Douro, para colheita de 1964 com a chancela
da Escola Naval, enfim tempos idos, saudade matizada pelas encostas de uma
vida, onde não falta a brisa marítima.
Por
fim, o rótulo, esse, transportando a mensagem que até aos ouvidos da IA chegou,
as dúvidas dissipa:
"NAVEGANDO
ATRAVÉS DE SEIS DÉCADAS ANCORADOS NA EXCELÊNCIA DE UMA CAMARADAGEM GENUÍNA E
ETERNA"
De
fiel amigo para amigos fiéis, o bacalhau que reinou em tabela de rações
estudada e servida então, de 1964 a 2023, nada mudou, e, à Brás ou com broa, é
fiel e rei onde esteja, que o digam os convivas que, 29 ou 32, deram por bem
empregue a tarde.
O
Rei D. Carlos testemunhou montando garanhão, o Rei Neptuno reinou inspirando o
orador de serviço, pois, em 1968, o TRIDENTE que ao rei dos mares é devido, era
nome de batismo de revista, de cadetes para cadetes, onde o curso HC ensaiava a
sua veia criativa, hoje em voga! Era então diretor o Cadete João Manuel Gomes
de Oliveira, "penico do curso" que, se bem dirigia, bem falou, e a
todos deixou a certeza de um futuro bonançoso.
BEM-HAJA
E VIVA O HC60.
João Sadler Simões
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