EMOJI,
pictograma redutor da palavra, redutor do sentimento, acaricia o ego, suplanta
a ideia, é moda em sociedade, onde a prova/desafio presencial, é temido, é
desconfortável.
Estou
só, os tons e sons que dão à vida razão de ser, confundem-se com a
resolução/decisão e, por falsos contactos ou jogos de imagens, evito o palco
que ao mundo expõe, enfim, escondo-me, ao emoji recorro!
O
Verão, transporta os emojis até então influencer's da sociedade, para a vida
real, põe a descoberto a verdadeira face dos que, até então, não passaram disso
mesmo e, como conto de fadas, deixo-me iludir pelos caminhos da vã glória e,
turista assumido, invisto nos percursos aos mesmos destinados, e são muitos e
diversos. A "galinha dos ovos de ouro" a rendição ao turismo do
conhecimento, sentimento e seus associados, revertendo em museu ou, em
passadiço, tudo o que no exterior complemente e sugestione, é vê-los, guia de
girassol ao alto, dando aos sentidos sentido único, pois o tempo é de
aproveitar.
Fadiga
no tope, pés reclamando, boa onda para o que se apresta dia após dia!
EMOJIS,
esses senhores da modernidade, acompanhantes de luxo, ao luxo se dão de ter o
dia, de comemorar quem os "deu à luz", é 17 de Julho, não esqueçam!
O
céu o mar e a terra, tudo serve para pretexto, tudo serve para, lado fútil da
vida a tope, preencher os dias com o belo, tese de S. Tomás de Aquino,
tudo o que é belo à vista! E a beleza interior? Essa, em vida fútil e
apressada, cai no esquecimento! Apressados não estiveram os quatro convivas, que
em comum têm vida, tão expressiva e rica que, aos emojis é estranha, basta
saber escutar, basta às histórias narradas, dar contexto!
Aos
da linha, que por adequação à idade e movida turística, ao metro começam a
virar costas, resta o táxi, tão ameaçados pelos TVDE, para, embora de
outras origens, em defensores de Chaves se armarem! Viram por aí o Paiva
Couceiro? Fiquemos pelo Zurara pois então, e bem servidos ficamos pelas boas e
renovadas histórias que conta, histórias que, tem na peregrinação de Fernão
Mendes Pinto/Minto, expoente cantado, de forma eloquente, pelo Fausto, agora
precocemente desaparecido. Fica o vasto cancioneiro, de vincada assinatura.
Por fim, histórias contadas e
gargalhadas descontroladas, aos quatro restou, leoninamente, aceitar a derrota,
sim porque, o tempo, sempre vence sempre afasta quem uniu!
Até Setembro, ondas surfadas
bronze a gosto e, claro, aos emojis que teimam em colorir a vida apressada, um bem-haja.
João Sadler Simões