domingo, 9 de novembro de 2014

50º ANIVERSÁRIO

JANTAR E BAILE DE ENCERRAMENTO
Para terminar as reportagens das Comemorações, mais uma emotiva prosa do Sadler que, estou certo, nos toca a todos de modo muito sentido. Ainda faltam fotos que serão publicadas à medida que chegarem à redação.
A MENINA DANÇA?...
Do alto da sua torre octogonal, o Farol da Guia, esse caça-rumos da navegação costeira, foi testemunha do convívio com que os HC’s encerraram, com chave de ouro, as comemorações dos 50 anos de entrada na Escola Naval.
Os anos passaram e o tempo, indiferente à vontade humana, faz das suas, restando pois desconfiar do espelho!. Espelho meu espelho meu, diz-me que não sou aquele, antes o sonho do belo e jovem que, pelos corredores da Escola Naval, de 3B vestido, acedia às comemorações com o encanto de uma vida por fruir. Quer na sala do risco, quer na piscina, ou ainda a bordo, o sonho voava qual gaivota pairando na bonança e, à batida do rock, valsa ou tango, a timidez, já toldada pelo cocktail festivo, dava lugar ao convite atrevido: “A MENINA DANÇA?”.
O mar e a espera, fez das mulheres a face oculta de uma carreira, tão bonançosa e agitada quanto a imprevisibilidade dos oceanos, de lés-a-lés atravessados ou simplesmente contemplados. Em jornada contínua, os marinheiros, quando no mar navegando, transportam as “Penélopes” que, pairando sobre as ondas, continuamente navegam até chegar a bom porto, abrigo de memórias vividas e transgressões sentidas, qual carta selada pelo intimo desperto!.
Auxiliados por GPS, tão conspícuos quanto o farol que os espera, os velhos marinheiros e suas penélopes, estrelas de uma noite estrelada, ocupam o seu lugar e fazem da noite ocasião para contar as histórias que ficaram por contar, porventura dando corpo e alma a uma segunda edição do “Tridente”, a virtual!.
A música pedida pelos ouvintes (anos 60), venceu inercias e mobilizou vontades e, os memoráveis, com ritmo e alegria, dançaram até que as “artroses estalem”, alerta dos limites!!!. Hora de render quartos, meia-noite, hora de celebrar os cinquentenários HC’s, surgindo então o bolo e o espumante, para que a tradição se cumpra: PARABÉNS CURSO HERMENEGILDO CAPELO.esca ao candeio ia adiantada, quando, a tela da ARTCOLEX e o quadro em honra do Hermenegildo Capelo recolhem a bom porto, e, correspondendo ao toque de volta à faina, os foliões viram costas ao farol que tanto os orientou, e mergulham na noite mais longa do ano. ATÉ SEMPRE…AOS SESSENTA ANOS.    
João Sadler Simões

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