quarta-feira, 31 de maio de 2023

ENCONTRO MENSAL DE MAIO

 

Da Vera Cruz à Sagres, da Índia a Angola, das especiarias às crioulas, do Vasco da Gama ao Comte. Rocheta, cinco séculos de mar, tantos ventos tantas borrascas, enquanto houver ventos e mar nós não vamos parar!
A Marinha, com dia ou sem ele, com festejos ou sem eles, marca quem confia o seu destino aos preceitos e códigos, faz sua, história alheia, tão grandiosa e tão generosa, quanto a Camões se deveu, mesmo de vistas curtas!
Neptuno, o mesmo que o arrojo mediu com o Vasco, fê-lo e bem, com o Rocheta, embora, de naus falando, a mastreação e a logística por si falam, e se antes o escorbuto fazia das suas, aos demais, o suor era vacina e a aguada aflição! 
Se as especiarias, a Ocidente coisa rara, deram brado, a descoberta era expansão era feito real, era domínio de um mundo, talvez esférico, os slides e Watts, as máquinas e seus avanços, a Oriente eram fascínio eram carga e sobrecarga, eram libertação alfandegária! Enfim, outros tempos iguais desafios, então e sempre o mar, fronteiras e direitos em causa. O DIREITO INTERNACIONAL MARÍTIMO e seus percussores, ciência oculta, ciência ao serviço dos poderosos, ciência de eleição de um Serra Brandão ou Limpo Serra, iguais méritos, estilos próprios.
ETD ou ETA, tanto dá quando comemorar é honrar, embora entre estas, as tormentas são tais que, quando continente torna, de tormenta são batizados! Comemorar é dar à descoberta o seu lugar, talvez por isso, o futuro MUSEU DA DESCOBERTA não passe de sonho não passe de ideia pela Marinha pretendido. Espólio não lhe falta, basta contar a história!
Para a história dos nossos dias, os "bailes da piscina", deixaram páginas da vida mundana de corpo de alunos, onde o génio de alguns sobressaia, pois, curtos de ensaios, afinavam QB. O rock e outros ritmos que, em comum, têm a EN como estúdio para parco ensaio, animavam noites frias, aqueciam corações disponíveis, onde, ao baterista e vocalista Joca, competia envolver com ritmo e voz os presentes! Bons tempos em que poucos eram os sonhos correspondidos ou realizados! O Joca deixou de ser visto, o Joca na memória ficou pelas histórias, algumas trocadas em ambiente de tertúlia que, mês após mês, nos leva ao Clube Militar Naval. 
Aos familiares aqui deixamos uma mensagem de pesar.
Ajustada a data, eis-nos de volta à "távola redonda", eis-nos de volta às conversas partilhadas, rumos incertos, tal a acentuação tal a libertinagem contida. Enfim "gajices"!
Para os folgados, para os pontuais, para os atrasados, para os apressados, para os que não dão vaia e para os que não dão relevância, o mesmo gesto de bem receber a mesma vontade de conviver e claro, a mesma mesa para dez! Agora HC60, logo HC70 e, quando aos 80 chegarmos, não se nota, pois a mesa será para dez!!!
Controlo encerrado, "carro vassoura" à mesa (o M. Meneses), sopa de peixe e bacalhau à Brás, memória protocolar de Marinha HC60, Marinha pelos oito presentes sentida com particular intensidade, intensidade imprimida à vasta obra publicada.
Tertúlia após tertúlia, eis ambicioso plano comemorativo, onde os encontros festivos e objetos de referência não vão faltar, que o digam os reis Carlos e Manuel, testemunhas de mais uma reunião de acerto e fecho de obra.
Honrados compromissos, liquidados os custos inerentes, aos presentes resta o regresso a casa, escadas rolantes em pausa, revisão em alta das dores da velhice!
Até breve, até 27 de Junho, com o Verão entre nós.
João Sadler Simões



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