Da Vera Cruz à Sagres, da Índia a
Angola, das especiarias às crioulas, do Vasco da Gama ao Comte. Rocheta, cinco
séculos de mar, tantos ventos tantas borrascas, enquanto houver ventos e mar
nós não vamos parar!
A Marinha, com dia ou sem ele, com
festejos ou sem eles, marca quem confia o seu destino aos preceitos e códigos,
faz sua, história alheia, tão grandiosa e tão generosa, quanto a Camões se
deveu, mesmo de vistas curtas!
Neptuno, o mesmo que o arrojo
mediu com o Vasco, fê-lo e bem, com o Rocheta, embora, de naus falando, a mastreação
e a logística por si falam, e se antes o escorbuto fazia das suas, aos demais,
o suor era vacina e a aguada aflição!
Se as especiarias, a Ocidente
coisa rara, deram brado, a descoberta era expansão era feito real, era domínio
de um mundo, talvez esférico, os slides e Watts,
as máquinas e seus avanços, a Oriente eram fascínio eram carga e sobrecarga,
eram libertação alfandegária! Enfim, outros tempos iguais desafios, então e
sempre o mar, fronteiras e direitos em causa. O DIREITO INTERNACIONAL MARÍTIMO
e seus percussores, ciência oculta, ciência ao serviço dos poderosos, ciência
de eleição de um Serra Brandão ou Limpo Serra, iguais méritos, estilos
próprios.
ETD ou ETA, tanto dá quando
comemorar é honrar, embora entre estas, as tormentas são tais que, quando
continente torna, de tormenta são batizados! Comemorar é dar à descoberta o seu
lugar, talvez por isso, o futuro MUSEU DA DESCOBERTA não passe de sonho não
passe de ideia pela Marinha pretendido. Espólio não lhe falta, basta contar a
história!
Para a história dos nossos dias,
os "bailes da piscina", deixaram páginas da vida mundana de corpo de
alunos, onde o génio de alguns sobressaia, pois, curtos de ensaios, afinavam
QB. O rock e outros ritmos que, em comum, têm a EN como estúdio para parco
ensaio, animavam noites frias, aqueciam corações disponíveis, onde, ao
baterista e vocalista Joca, competia envolver com ritmo e voz os presentes!
Bons tempos em que poucos eram os sonhos correspondidos ou realizados! O Joca
deixou de ser visto, o Joca na memória ficou pelas histórias, algumas trocadas
em ambiente de tertúlia que, mês após mês, nos leva ao Clube Militar
Naval.
Aos familiares aqui deixamos uma
mensagem de pesar.
Ajustada a data, eis-nos de volta
à "távola redonda", eis-nos de volta às conversas partilhadas, rumos
incertos, tal a acentuação tal a libertinagem contida. Enfim
"gajices"!
Para os folgados, para os
pontuais, para os atrasados, para os apressados, para os que não dão vaia e
para os que não dão relevância, o mesmo gesto de bem receber a mesma vontade de
conviver e claro, a mesma mesa para dez! Agora HC60, logo HC70 e, quando aos 80
chegarmos, não se nota, pois a mesa será para dez!!!
Controlo encerrado, "carro
vassoura" à mesa (o M. Meneses), sopa de peixe e bacalhau à Brás, memória
protocolar de Marinha HC60, Marinha pelos oito presentes sentida com particular
intensidade, intensidade imprimida à vasta obra publicada.
Tertúlia após tertúlia, eis
ambicioso plano comemorativo, onde os encontros festivos e objetos de
referência não vão faltar, que o digam os reis Carlos e Manuel, testemunhas de
mais uma reunião de acerto e fecho de obra.
Honrados compromissos, liquidados
os custos inerentes, aos presentes resta o regresso a casa, escadas rolantes em
pausa, revisão em alta das dores da velhice!
Até breve, até 27 de Junho, com o
Verão entre nós.
João Sadler Simões
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