segunda-feira, 13 de outubro de 2014

50º ANIVERSÁRIO

TALANT DE BIEN FAIRE

Os sentimentos voam e as emoções falam, as portas da escola que nos abriu as “Portas do Mar”, são o acesso para um dia de são convívio, em que o passado e o presente se unem, qual exortação de vida!.
Ás honras militares sucedem-se as honras da eternidade, onde os presentes, com a sua assinatura, vinculam os ausentes, tal o significado de um gesto, por todos repetido, como se de testamento se tratasse. Aos vindouros deixamos a atitude e a conduta em 50 anos atestada.
Aliás, se outra prova fosse exigível para além dos registos individuais, a excelente exortação do “Penico”, tendo por testemunhas os grisalhos HC’s e por alvo os alunos, ecoou em plena parada e por certo fez eco para o futuro de uma renovada Marinha que ali se constrói.
O corpo de alunos, redimensionado para as necessidades presentes, desfilou com aprumo, imagem de uma casa que bem conhecemos, e cujo presente e futuro foram objeto de detalhada apresentação pelo Comandante da Escola Naval. A MESMA VONTADE MAIOR RECEIO!!!!.
As enxárcias da vida que teimamos em subir, de cesto em cesto, para à flamula chegar, tope de uma vida que levámos a tope com a colocação de uma placa no átrio das camaratas, removeu memórias. Enxárcias, o que é?... Entre muitas, é a justa homenagem ao quadro docente que, presente ou ausente nos formou, arrojados e competentes, até ao desafio de Neptuno em seu reino. A passagem do Equador, o cortar da fita e julgamento a que fomos sujeitos, momento alto de uma temerária viagem de instrução no “Navio Escola Sagres”, esteve presente!.
A memória, esse registo de difícil explicação orgânica, foi alvo de especial desafio quando, em cerimónia de grande elevação ocorrida após o almoço, as “Memórias de Carreira” de alguns de nós, foram solenemente entregues. Alegria e comoção para todos!!!.
Retemperadas as energias, em almoço ao qual não faltou o bolo do HC50, os grisalhos HC, museu vivo dos anos sessenta, percorreram museu onde, o material fixo de utilização permanente repousava, lado a lado, com registos históricos e distinções pessoais objeto de oferta voluntária. Breve, o valioso património gerado no seio do curso, repousará em local próprio deste museu. Assim desejamos.
Ardósia, secretária, beliche e outro equipamento da época, foram pretexto para regressar ao passado, não passando em claro, em lance de escadas intermédio, a caixa do engraxador que, então, velava pela boa apresentação do calçado do Sr. Cadete. O Faustino que, em parada, convidava os Srs Cadetes para uma boa engraxadela!!.
A invernia imperava e a “ora di bai” restava. No entanto, o “Tridente”, revista que imperou nos anos sessenta pela mão dos cadetes, voltou à casa a que pertence. Que local mais apropriado para o distribuir?. De facto, o “Tridente”, como repositório de histórias de carreira e vida, foi a forma encontrada pelo Curso Hermenegildo Capelo, para divulgar histórias homenageando a revista que viu nascer nos anos sessenta.
Até sempre, escola de todos nós…e que o “TALANT DE BIEN FAIRE” perdure.   
JOÃO SADLER SIMÕES

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