sexta-feira, 7 de junho de 2019

REGRESSO A CABO VERDE (IX)



A caça à moeda, dita e feita por rapazes de rua, qual moscas varejeiras, assediava o Centeno, pois o seu sorriso prazenteiro abria esperança. Amigos para sempre… Observar a cultura de um povo, por ruas e ruelas, até de Lisboa, fazia sonhar, sonho vivido com a visita à réplica da Torre de Belém-Museu do Mar, com perto de um século de vida. Mindelo, e seu relacionamento com a arte da pesca, nomeadamente da baleia, deu cor, a sentimentos e fulgor à Manuela que, por escada quebra-costas, a top teimou chegar! No logradouro, Santa Luzia, resiliente ao desenvolvimento, permanece intacta, como habitat natural, para as tartarugas que ali nidificam. Por fim, o Museu Cesária Évora, ilustre mindelense, cuja vida e projecção artística, transcende S. Vicente, sendo um símbolo da cultura cabo-verdiana, o seu espólio está, de forma cuidada, exposto: Povo que sabe honrar os seus, afirma a sua dignidade.
Em véspera de mudança, é de dar lugar aos espíritos mais inquietos, e esses votaram lagosta, esse requintado pitéu que, nos anos sessenta, “baixou à caserna” e foi servido no rancho, como se à corrente de abastecimento pertencesse! A tentação foi grande, e os rabelados HC e suas penélopes, reservaram noite para a sua degustação, enfim “T’ud sabor de n’os terra”. Fico por aqui, pois o Mindelo merece mais. Adeus Mindelo e até sempre e claro, que BLINT nos cuide.

























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