Ribeira Grande,
ribeira ausente, corredor infame das alterações do egoísmo, egoísmo dos mais
poderosos que fazem da miséria alheia arma de arremesso político
geoestratégico!!! Entre pozolanas e o doce saltitar do empedrado, os rabelados
HC ensonados, fazendo das fraquezas força, em regime de serviços mínimos,
contam vacas que, de tão raras, a sua aparição causava espanto! “Olha, mais uma
vaca para teclado”, observação do DI (Dono das Ilhas), sempre atento ao
pormenor… Até ao Topo da Coroa algumas paragens, ocasião para a oportuna
questão do David, o tal, que tão afamado é entre as gentes do National
Geografique, lembram-se? O Attenborough, a quem o planeta muito deve… O nosso,
o Rolo, vem de Portalegre, e esgota o conhecimento…
De Sul para Norte,
o pinheiro e o eucalipto, parcialmente queimado, enche a vista, vista que se
deslumbra quando, extensa cratera vulcânica, cultivada, faz a sua aparição,
estamos na Cova. O Vale do Paúl, e por
fim Ribeira Grande, onde a trituração de cana-de-açúcar e consequente obtenção
de xarope de cana, transportou-nos para o milagroso óleo de fígado de bacalhau,
lembram-se? Em esplanada à beira estrada plantada, retemperámos energias e
observámos frutos exóticos, entre os quais, a fruta-pão, tão comum no Nordeste Brasileiro,
pegou de estaca no “quintal do Martins”, e transitou na TAP em porões
recolhida!!! Da sua invulgar riqueza energética e imunitária, há registo e
provas. Por menos, o café passou oceanos e marcou o europeu. O futuro a Deus
pertence…
Túneis e resorts,
marcos do sempre temível desenvolvimento, dito sustentado, começam a ameaçar o
que de natural a ilha tem, tal como o aeroporto, que dará à Ponta do Sol a
projecção ambicionada. Para o esquecimento, fica a pista de 650 metros que, na
década de 90 foi encerrada. Cachupa tomada, eis-nos de volta ao Porto Novo,
onde o ferry fecharia com “chave de ouro”, dia de exaltação à memória dos
visitantes, sempre laborando no importante ano de 1966, onde a dita cachupa e o
intenso grogue, nos transportaram para o reino da fantasia. Obrigado Santo
Antão e, até sempre!
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