quinta-feira, 6 de junho de 2019

REGRESSO A CABO VERDE (VII)


Ribeira Grande, ribeira ausente, corredor infame das alterações do egoísmo, egoísmo dos mais poderosos que fazem da miséria alheia arma de arremesso político geoestratégico!!! Entre pozolanas e o doce saltitar do empedrado, os rabelados HC ensonados, fazendo das fraquezas força, em regime de serviços mínimos, contam vacas que, de tão raras, a sua aparição causava espanto! “Olha, mais uma vaca para teclado”, observação do DI (Dono das Ilhas), sempre atento ao pormenor… Até ao Topo da Coroa algumas paragens, ocasião para a oportuna questão do David, o tal, que tão afamado é entre as gentes do National Geografique, lembram-se? O Attenborough, a quem o planeta muito deve… O nosso, o Rolo, vem de Portalegre, e esgota o conhecimento…   
De Sul para Norte, o pinheiro e o eucalipto, parcialmente queimado, enche a vista, vista que se deslumbra quando, extensa cratera vulcânica, cultivada, faz a sua aparição, estamos na Cova.  O Vale do Paúl, e por fim Ribeira Grande, onde a trituração de cana-de-açúcar e consequente obtenção de xarope de cana, transportou-nos para o milagroso óleo de fígado de bacalhau, lembram-se? Em esplanada à beira estrada plantada, retemperámos energias e observámos frutos exóticos, entre os quais, a fruta-pão, tão comum no Nordeste Brasileiro, pegou de estaca no “quintal do Martins”, e transitou na TAP em porões recolhida!!! Da sua invulgar riqueza energética e imunitária, há registo e provas. Por menos, o café passou oceanos e marcou o europeu. O futuro a Deus pertence…
Túneis e resorts, marcos do sempre temível desenvolvimento, dito sustentado, começam a ameaçar o que de natural a ilha tem, tal como o aeroporto, que dará à Ponta do Sol a projecção ambicionada. Para o esquecimento, fica a pista de 650 metros que, na década de 90 foi encerrada. Cachupa tomada, eis-nos de volta ao Porto Novo, onde o ferry fecharia com “chave de ouro”, dia de exaltação à memória dos visitantes, sempre laborando no importante ano de 1966, onde a dita cachupa e o intenso grogue, nos transportaram para o reino da fantasia. Obrigado Santo Antão e, até sempre!





 

















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